sábado, 26 de outubro de 2013

Atuação do Fisioterapeuta na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)*

*Texto da ASSOBRAFIR



**Vídeo Update


I. O que é uma Unidade de Terapia Intensiva?

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caracteriza-se como um local para o adequado tratamento dos indivíduos que possuem um distúrbio clínico importante. Neste local existe um sistema de monitorização contínua que permite o rápido tratamento para os pacientes graves ou que apresentam uma descompensação de um ou mais sistemas orgânicos. A equipe que atua e presta atendimento neste local é multiprofissional, e é constituída por: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas cardiorrespiratórios, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.


II. Qual o papel do fisioterapeuta na UTI?

A fisioterapia aplicada na UTI tem uma visão geral do paciente, pois atua de maneira complexa no amplo gerenciamento do funcionamento do sistema respiratório e de todas as atividades correlacionadas com a otimização da função ventilatória. É fundamental que as vias aéreas estejam sem secreção e os músculos respiratórios funcionem adequadamente. A fisioterapia auxilia na manutenção das funções vitais de diversos sistemas corporais, pois atua na prevenção e/ou no tratamento das doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas. Ela também atua na otimização (melhora) do suporte ventilatório, através da monitorização contínua dos gases que entram e saem dos pulmões e dos aparelhos que são utilizados para que os pacientes respirem melhor. O fisioterapeuta também possui o objetivo de trabalhar a força dos músculos, diminuir a retração de tendões e evitar os vícios posturais que podem provocar contraturas e úlceras de pressão.




III. Quais recursos o fisioterapeuta utiliza nas UTIs?

O fisioterapeuta utiliza técnicas, recursos e exercícios terapeuticos em diferentes fases do tratamento, sendo necessário para alcançar uma melhor efetividade a aplicação do conhecimento e das condições clínicas do paciente. Assim, um plano de tratamento condizente é organizado e aplicado de acordo com as necessidades atuais dos pacientes, como o posicionamento no leito, técnicas de facilitação da remoção de secreções pulmonares, técnicas de reexpansão pulmonar,técnicas de treinamento muscular, aplicação de métodos de ventilação não invasiva, exercícios respiratórios e músculo-esqueléticos.




IV. Qual vantagem de ter o fisioterapeuta dentro da equipe multidisciplinar?

A presença do especialista em fisioterapia cardiorrespiratória é uma das recomendações básicas de todas as UTIs. O trabalho intensivo dos fisioterapeutas diminui o risco de complicações do quadro respiratório, reduz o sofrimento dos pacientes e permite a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares. A atuação profissional também diminuiu os riscos de infecção hospitalar e das vias respiratórias, proporcionando uma economia nos recursos financeiros que seriam usados na compra de antibióticos e outros medicamentos de alto custo. Diante disso, a atuação do fisioterapeuta especialista nas UTIs implica em benefícios principalmente para os pacientes, mas também para o custo com a saúde num geral.









Contribuição das Unidades Regionais ASSOBRAFIR MG e RJ.



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FONTES:

Texto da ASSOBRAFIR - Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva.

Vídeo: ICU & Acute Care Physical Therapy: Phyllis' Recovery
       
          **Update
"We published this case report in the APTA's Physical Therapy journal in February 2013.
Trees DW, Smith JM, Hockert S. Innovative mobility strategies for the patient with ICU-acquired weakness: a case report. Phys Ther. 2013 Feb;93(2):237-47.
Our publication goes into detail of her recovery, tolerance of activity, and rationale for each mobilization strategy in the 4-phase ICU mobility protocol."
Darin Trees, PT, DPT, CWS
Solara Hospital Conroe
darintrees@yahoo.com

Consequências do uso constante de descongestionantes nasais (*)


gota nasal

"Uso constante de descongestionantes nasais leva ao vício e à perda do olfato. Dentre outras consequências, abusar das gotinhas diariamente pode causar ainda uma condição chamada rinite medicamentosa, onde quanto mais se usa o remédio, mais a obstrução nasal piora."
Todo ano, quando o frio começa, é quase instintivo recorrer aos descongestionantes nasais. Somado ao frio, há a seca, que vem acompanhada de poeira, bactérias, ácaros e outros visitantes indesejados que pioram consideravelmente a vida dos alérgicos. O medicamento, embora traga alívio imediato ao nariz entupido, não é tão benéfico quanto parece.

De acordo com o Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas da cidade de São Paulo, os descongestionantes ocupam o terceiro lugar na lista de problemas causados por efeitos colaterais e uso incorreto de remédios. Só perdem para os antiinflamatórios e os analgésicos. Mesmo com todas essas restrições, há mais de 50 marcas de descongestionantes com venda praticamente livre. "Esses medicamentos causam dependência psicológica", alerta o coordenador do Ceatox, Antony Wong. A dependência acontece por conta de substâncias como nafazolina, fenoxazolina e oximetazolina, presentes na composição desses medicamentos.

Diderot Parreira, otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), explica que o uso indiscriminado do remédio pode ocasionar problemas sérios de saúde. “Os componentes dos descongestionantes nasais causam vasoconstrição, ou seja, fecham os vasos do nariz”, explica. O problema é que isso não ocorre só no nariz. Como eles contraem os vasos sanguíneos, têm um efeito sistêmico no corpo e contraem outros vasos também. “Isso pode causar arritmia, taquicardia, aumento da pressão arterial e outros problemas.” Para pessoas que sofrem com pressão alta ou que têm algum tipo de problema cardíaco, portanto, os remédios são um perigo.

Horas depois da vasoconstrição ocasionada pelo fármaco, o mesmo provoca sensação contrária, dilatando as narinas. Além do efeito rebote, abusar das gotinhas diariamente pode causar ainda uma condição chamada rinite medicamentosa. Ao contrário da rinite alérgica, na medicamentosa não há secreções. Dr. José Victor Maniglia, da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, explica que, nestes casos, "quanto mais se usa, menor é o tempo de ação da droga", e que nem sempre a rinite medicamentosa tem tratamento. "Dependendo do grau, o paciente pode perder o olfato", afirma a especialista em alergia Ângela Fomin, do Instituto da Criança. Em alguns casos, a saída é a cirurgia.
O supervisor de vendas Régis Córdova da Silva, de 25 anos, usou por dez anos os descongestionantes na esperança de controlar uma rinite alérgica. "Tive de fazer uma cirurgia para desobstruir as narinas para resolver meu problema", conta. "Só agora consegui me livrar das crises."
                                               …
O advogado Flávio Henrique , 34 anos, assume o vício. “Já tentei parar algumas vezes, mas é muito difícil, especialmente quando tenho crises de rinite alérgica. Quando saio de casa, a primeira coisa que vai na bagagem é o Sorine”, diz.
Deixar o remédio de lado, dizem os especialistas, demanda vontade e disciplina dos usuários. O otorrino Pedro Cavalcanti explica que cada pessoa tem uma forma de se “livrar” do remédio. Alguns usuários preferem fazê-lo de uma vez, outros vão eliminando o uso do descongestionante aos poucos. Uma alternativa é diluir metade da embalagem do líquido em soro fisiológico para reduzir a potência do vasoconstritor.
Há também tratamentos alternativos, como o uso de fitas adesivas sobre o nariz para aumentar a entrada de ar. “As narinas funcionam como uma válvula, elas são mais estreitas do que a fossa nasal como um todo. Com esse acessório, a válvula fica maior. Mas isso é um paliativo; dentro do nariz o inchaço dos vasos continua o mesmo”, esclarece o especialista. Em alguns casos, o problema só é resolvido com cirurgia para retirar o excesso de muco acumulado durante os anos de uso do descongestionante.


"Os componentes dos descongestionantes nasais causam vasoconstrição, ou seja, fecham os vasos do nariz. O problema é que como eles contraem os vasos sanguíneos, têm um efeito sistêmico no corpo e contraem outros vasos também.” Clique aqui para ver a imagem ampliada.

Soro fisiológico é melhor alternativa

Não são só as substâncias responsáveis pelo princípio ativo dos descongestionantes nasais que provocam problemas com o uso excessivo. O cloreto de benzalcônio, conservante utilizado nas gotas, também contribui para o círculo vicioso de obstrução das narinas. A substância faz parte da formulação da maior parte dos descongestionantes, incluindo os tidos como inofensivos e usados com freqüência em crianças.

Ângela Fomin, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, diz que a melhor forma de evitar o uso desnecessário desses remédios e, conseqüentemente, o nariz entupido, é substituí-los pelo soro fisiológico. "O soro deve ser guardado em geladeira para evitar a contaminação, que piora a rinite", diz.
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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

As Fases da Doença de Alzheimer


Recentemente recebi este vídeo que explica de uma maneira mais simples os estágios da Doença de Alzheimer, e achei importante compartilhar. 




O Dr. Dráuzio Varela, em seu site, explica:

"A doença de Alzheimer (Alois Alzheimer, neurologista alemão que primeiro descreveu essa patologia) provoca progressiva e inexorável deterioração das funções cerebrais, como perda de memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si próprio.
Cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar algum sintoma dessa enfermidade e são inúmeros os casos que evoluem para demência. Feito o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de 8 a 10 anos.
Causas
Não se conhece a causa específica da doença de Alzheimer. Parece haver certa predisposição genética para seu aparecimento. Nesses casos, ela pode desenvolver-se precocemente, por volta dos 50 anos.
Pesquisadores levantam a hipótese de que algum vírus e a deficiência de certas enzimas e proteínas estejam envolvidos na etiologia da doença. Outros especulam que a exposição ao alumínio e seu depósito no cérebro possam contribuir para a instalação do quadro, mas não foi estabelecida nenhuma relação segura de causa e efeito a respeito disso.
Sintomas
* Estágio I (forma inicial) – alterações na memória, personalidade e habilidades espaciais e visuais;
* Estágio II (forma moderada) – dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos; agitação e insônia;
* Estágio III ( forma grave) – resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer, deficiência motora progressiva;
* Estágio IV (terminal) – restrição ao leito, mutismo, dor à deglutição, infecções intercorrentes.
Diagnóstico
Não há um teste diagnóstico definitivo para a doença de Alzheimer. A doença só pode ser realmente diagnosticada na autopsia. Médicos baseiam o diagnóstico no levantamento minucioso do histórico pessoal e familiar, em testes psicológicos e por exclusão de outros tipos de doenças mentais. Mesmo assim, estima-se que o diagnóstico possa estar equivocado em 10% dos casos.
Tratamento
Até o momento, a doença permanece sem cura. O objetivo do tratamento é minorar os sintomas. Atualmente, estão sendo desenvolvidos medicamentos que, embora em fase experimental, sugerem a possibilidade de controlar a doença.
Recomendações
Cuidar de doentes de Alzheimer é desgastante. Procurar ajuda com familiares e/ou profissionais pode ser uma medida absolutamente necessária.
Algumas medidas podem facilitar a vida dos doentes e de quem cuida deles:
* Fazer o portador de Alzheimer usar uma pulseira, colar ou outro adereço qualquer com dados de identificação (nome, endereço, telefone, etc.) e as palavras “Memória Prejudicada”, porque um dos primeiros sintomas é o paciente perder a noção do lugar onde se encontra;
* Estabelecer uma rotina diária e ajudar o doente a cumpri-la. Espalhar lembretes pela casa (apague a luz, feche a torneira, desligue a TV, etc.) pode ajudá-lo bastante;
* Simplificar a rotina do dia-a-dia de tal maneira que o paciente possa continuar envolvido com ela;
* Encorajar a pessoa a vestir-se, comer, ir ao banheiro, tomar banho por sua própria conta. Quando não consegue mais tomar banho sozinha, por exemplo, pode ainda atender a orientações simples como: “Tire os sapatos. Tire a camisa, as calças. Agora entre no chuveiro”;
* Limitar suas opções de escolha. Em vez de oferecer vários sabores de sorvete, ofereça apenas dois tipos;
* Certificar-se de que o doente está recebendo uma dieta balanceada e praticando atividades físicas de acordo com suas possibilidades;
* Eliminar o álcool e o cigarro, pois agravam o desgaste mental;
* Estimular o convívio familiar e social do doente;
* Reorganizar a casa afastando objetos e situações que possam representar perigo. Tenha o mesmo cuidado com o paciente de Alzheimer que você tem com crianças;
* Conscientizar-se da evolução progressiva da doença. Habilidades perdidas jamais serão recuperadas;
* Providenciar ajuda profissional e/ou familiar e/ou de amigos, quando o trabalho com o paciente estiver sobrecarregando quem cuida dele."

Notícias:

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Nottingham (centro da Inglaterra) está desenvolvendo um teste que identifica, mediante uma análise de sangue, os casos de Alzheimer em sua fase mais adiantada, informou nesta segunda-feira (11) a emissora "BBC".

Os cientistas apresentaram as primeiras conclusões de suas provas, que qualificam de "muito promissoras", na conferência sobre a doença que ocorre neste dias no Reino Unido.

A técnica poderia ser feita em qualquer clínica e se baseia em identificar no sangue uma "combinação de marcadores" que são diferentes para as pessoas sãs e as que padecem da doença.

Estes marcadores são essencialmente proteínas que os cientistas associam ao mal de Alzheimer, como a amiloide e a polipoproteína (Apoe), assim como outros elementos sugeridos pelos especialistas como prováveis que esta análise também identifica.

"Nossas descobertas são emocionantes porque mostram que é tecnicamente possível distinguir as pessoas sãs e as que sofrem com o Mal de Alzheimer utilizando uma análise de sangue", apontou Kevin Morgan, responsável pelo estudo.

Potencialmente, a prova poderia identificar os sintomas antes que a doença apareça, "como em um trailer", nas palavras de seus criadores, que disseram que o teste ainda tem que ser validado e que pode demorar uma década até ser usado em pacientes.

"Já que as análises de sangue são uma forma rápida e fácil de ajudar no diagnóstico, estamos muito felizes com este descobrimento e com o potencial que tem para o futuro", disse Morgan à emissora britânica. Para aumentar a potência da prova, os pesquisadores utilizaram algumas proteínas relacionadas com a inflamação que ajudam a distinguir até três níveis: pacientes completamente limpos, de pouco risco e de alto risco.

Se o paciente for considerado de risco médio, será "realizado um acompanhamento contínuo", enquanto se for de alto risco, será encaminhado para um especialista para realizar provas mais profundas e conhecer seu estado de forma conclusiva.



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