quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Tosse Cinética


Definição:

É uma técnica de facilitação de tosse voluntária.

Objetivo:

Efetivar o mecanismo da tosse, para que se obtenha uma adequada eliminação das secreções retidas e evitar assim complicações bronco pulmonares.

Indicações:

Doenças hipersecretivas, Pós-operatórios.

Contra-Indicações:

Hemorragias, principalmente digestiva e pulmonar;
Fístulas broncopleurais;
Paciente desorientado e inconsciente;
Presença de sutura com risco de evisceração;
Pressão intracraniana aumentada.

Material Necessário:

Lenço descartável ou compressas.

Orientação ao paciente pré-procedimento:

*Esclarecer a importância do procedimento objetivando profilaxia de complicações pulmonares. 
*Explicar como será feita, pois necessita da colaboração do paciente.
*Esclarecer, conscientizar o paciente que esse procedimento será repetido quando necessário, mesmo quando a dor estiver presente no caso, por exemplo, de pós-operatório.

Descrição do Procedimento:

Descrevemos as diferentes modalidades:

A)TOSSE TÉCNICA:

Inicialmente o fisioterapeuta deve usar o comando verbal adequado, possibilitando que o paciente aprenda a técnica corretamente, para que a mesma seja efetuada com eficácia.

O paciente deverá realizar lentamente a inspiração, prévia ao ato tossígeo usando o padrão diafragmático associado ao padrão intercostal.

Em seguida realiza uma breve apnéia pós-inspiratória.

Logo em seguida, efetuar uma brusca e curta respiração (tossir).

B)HUFFING OU HUFF:

Paciente inspira suave e profundamente usando o padrão diafragmático, associado ao padrão intercostal expandindo a região costo-basal.

Em seguida breve apnéia pós-inspiratória de mais ou menos 03 seg.

Em seguida faz uma expiração profunda descontraída com a boca aberta, utilizando a sua musculatura abdominal, se possível com a compressão manual sobre o abdômen.

C)TOSSE EM 03 TEMPOS:

Tosse deverá ser rápida, consecutiva em 03 tempos, sendo o último tempo expiratório longo, tal qual o Huffing, retirando a musculatura abdominal, e elevando o diafragma abdominal.

D)TOSSE TÉCNICA COM O USO DE SMI (Sustentação Máxima Inspiratória):

É o uso da SMI com a tosse técnica já descrita.

A sustentação máxima de inspiração visa aproveitar a inspiração ativa profunda sustentada por um intervalo de tempo pré-determinado, no ganho de uma tosse bem mais eficaz e produtiva.

Orientação ao Paciente e/ou Familiar Pós-Procedimento:

Se sentir vontade de tossir, deve proceder da maneira que foi orientado.

Pontos Críticos e Riscos:

Dispnéia, ansiedade, vertigem, sentir dor nos casos de pós-operatório e dificuldade na compreensão e/ou execução da técnica.

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FONTE: Texto disponível no site Concurso e Fisioterapia, retirado em 15/10/2014.
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