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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Fisioterapia Oftálmica


A fisioterapia ocular ou oftálmica tem o objetivo de reeducar os movimentos dos olhos, que são realizados por seis pares de músculos extrínsecos e que recebe estímulo neurológico de três pares de nervos cranianos. Qualquer disfunção visual sensorial ou motora poderá acarretar um distúrbio oculomotor, podendo o indivíduo apresentar patologias com características e sintomas de:

Insuficiências de Convergência – IC(1):

o Visão borrada, Cansaço visual e dificuldade nas leituras.
o Sonolência nas leituras, bem como troca de linhas;
o Cefaléia na região frontal e/ou temporal;
o Irritação e hiperemia na conjutiva;
o Dores periorbitárias, nos olhos e peso nas pálpebras;
o Distúrbios posturais

Estrabismos transitórios(2):

o Paresias e paralisias oculomotoras;
o Dupla imagem e limitações em alguns movimentos dos olhos;
o Desequilíbrio postural e torcicolo (tipo PVC: posição viciosa de cabeça);

Estrabismo congênitos(3): desalinhamento dos eixos oculares.

o Desvios em Adução – Esotropias
o Desvios em Abdução – Exotropias
o Desvios verticais – hiper e hipotropias




Para descobrir se o indivíduo apresenta qualquer disfunção nos músculos dos olhos, deve ser feita uma avaliação conhecida comoExame de Motiidade Ocular – EMO ou Teste Ortóptico – TO(4),que é solicitada durante um atendimento ambulatorial com o Oftalmologista, Neurologista, Pediatra ou ortodontista. Poucos são os Ortopedistas que solicitam este exame, porém é importante avaliar a oculomotricidade(5) na presença de um torcicolo, pois há grande diferença entre o torcicolo congênito(6) e o de causa ocular(7).

Baseado no diagnóstico final, após a avaliação oculomotora, o profissional de Fisioterapia, por meio da solicitação do oftalmologista, realizará o tratamento cabível à determinada situação.

Glossário:

1. Insuficiências de Convergência – IC: Dificuldade de levar os dois olhos simetricamente em direção do dorso do nariz para posicioná-los com o objetivo de fixar um objeto ou para leitura.

2. Estrabismos transitórios: desalinhamento dos eixos oculares de aparecimento súbito, podendo normalizar espontaneamente ou com tratamento fisioterapêutico.

3. Estrabismos congênitos: desalinhamento dos eixos oculares de nascença ou que aparecem nos primeiros anos de vida e que tem tratamento oftalmológico através de correção óptica ou cirúrgica.

4. EMO ou TO: exame que tem o objetivo de avaliar a simetria dos movimentos dos olhos e a capacidade de visão binocular fusional.

5. Oculomotricidade: Capacidade de promoção dos movimentos e de ajustamentos posicionais oculares para a variadíssima demanda visual, que requer coordenação de alta elaboração e precisão.

6. Torcicolo Congênito: deficiência ou limitação que reside no pescoço no funcionamento do músculo esternocleidomastóideo. Deve ser tratado com terapias ou cirurgias ortopédicas.

7. Torcicolo de causa ocular – PVC (posição viciosa de cabeça): deficiência ou limitação no funcionamento de músculos extrínsecos dos olhos, que leva o indivíduo a usar erradamente os músculos da região cervical, para captar melhor as imagens que devem ser recebidas pelos dois olhos. Deve ser tratado com procedimentos oftalmológicos.

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FONTE: Blog Fisioterapia Ocular. Post publicado pelas fisioterapeutas Aline Melo e Ângela Dias.
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