quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Estratégias Protetoras em Ventilação Mecânica

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

As 5 fases do processo de perda ou luto

(Thaís Petroff)

Todas as pessoas que sofrem algum tipo de perda ou que têm a possibilidade de sofrer (morte de ente querido, diagnóstico de doença, falência, traição, punição criminal, etc.) passam por um processo de luto para poder elaborar e lidar com essa situação.

A falecida psiquiatra suíça, Elisabeth Kubler-Ross, pesquisou e trabalhou com esse tema e descreveu cinco fases desse processo de luto. Dentro da abordagem da Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), é possível perceber que existem pensamentos e comportamentos comuns às pessoas que se encontram vivenciando cada uma dessas fases. Essa descrição pode facilitar a compreensão e a percepção sobre o que ocorre com pessoas que enfrentam alguma forma de perda ou luto.


1a. fase: negação.

Nessa fase a pessoa nega a existência do problema ou situação. Pode não acreditar na informação que está recebendo, tentar esquecê-la, não pensar nela ou ainda buscar provas ou argumentos de que ela não é a realidade.

Pensamentos

•“Isso não é verdade!”
• “Vai passar.”
• “Sempre dou um jeito em tudo, vou resolver isso também.”
• Buscar uma segunda opinião ou outras explicações para a questão.

Comportamentos

• Continuar se comportando como antes (ignorando a situação).
• Não aderir ao tratamento (no caso de doença) ou não falar sobre o assunto (no caso de morte, desemprego ou traição).


2a. fase: raiva

Nessa fase a pessoa expressa raiva por aquilo que ocorre. É comum o aparecimento de emoções como revolta, inveja e ressentimento. Geralmente essas emoções são projetadas no ambiente externo; percebendo o mundo, os outros, Deus, etc. como causadores de seu sofrimento. A pessoa sente-se inconformada e vê situação como uma injustiça.

Pensamentos

•“Por que e?”
• “Isso não é justo!”
• “Por que fizeram isso comigo?”

Comportamentos

• Perde a calma quando fala sobre o assunto.
• Recusa-se a ouvir conselhos.
• Evita falar sobre o assunto.


3a. fase: negociação / barganha

Nessa fase busca-se fazer algum tipo de acordo de maneira que as coisas possam voltar a ser como antes. Essa negociação geralmente acontece dentro do próprio indivíduo ou às vezes voltada para à religiosidade. Promessas, pactos e outros similares são muito comuns e muitas vezes ocorrem em segredo.

Pensamentos

• “Vou acordar cedo todos os dias, tratar bem as pessoas, parar de beber, procurar um emprego e tudo ficará bem.”
• “Vou pensar mais positivamente e tudo se resolverá.”
• “Deus, deixe-me ficar bem de saúde, só até meu filho crescer.” (pessoa ao saber que está doente)

Comportamentos

• Rezar e fazer um acordo com Deus.
• Buscar agradar (no caso de uma traição).
• Se alimentar com produtos lights e diets para compensar os outros alimentos. 


4a. fase: depressão

Nessa fase ocorre um sofrimento profundo. Tristeza, desolamento, culpa, desesperança e medo são emoções bastante comuns. É um momento e que acontece uma grande introspecção e necessidade de isolamento.

Pensamentos

•“Não tenho capacidade para lidar com isso.”
• “Nunca mais as coisas ficarão bem.”
• “Eu me odeio.”

Comportamentos

• Chorar
• Afastar-se das pessoas.
• Comportar-se de maneira autodestrutiva.


5a. fase: aceitação

Nessa fase percebe-se e vivencia-se uma aceitação do rumo das coisas. As emoções não estão mais tão à flor da pele e a pessoa se prontifica a enfrentar a situação com consciência das suas possibilidades e limitações.

Pensamentos

•“Não é o fim do mundo.”
• “Posso superar isto.”
• “Posso aprender com isto e melhorar.”

Comportamentos

• Buscar ajuda para resolver a situação.
• Conversar com outros sobre o assunto.
• Planejar estratégias para lidar com a questão.


As pessoas não passam por essas fases de maneira linear, ou seja, elas podem superar uma fase, mas depois retornar a ela (ir e vir), estacionar em uma delas, sem ter avanços por longo período ou ainda suplantar todas as fases rapidamente até a aceitação. Não há regra. Tudo depende do histórico de experiências da pessoa e crenças que ela tem sobre si mesma e sobre a situação em questão.

Tem pessoas que podem passar meses ou anos num vai e vem e não chegar a aceitação nunca. Tem pessoas que em poucas horas ou dias fazem todo o processo, isso varia também em função da perda sofrida pela pessoa.

O terapeuta de TCC trabalha desafiando os pensamentos automáticos negativos (PANs), fornecendo suporte emocional e planejando conjuntamente com a pessoa comportamentos alternativos mais saudáveis e produtivos.



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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cama de Banho para pacientes acamados

Dar banho a uma pessoa acamada é uma tarefa muito importante: além dos cuidados higiênicos essenciais, proporciona uma sensação de bem-estar e relaxamento, e permite ao cuidador avaliar o estado da pele da pessoa, aplicar um creme hidratante e ministrar pequenas massagens que ativam a circulação. É ainda um momento propício para a conversa e o convívio.

Encontrei na web um vídeo sobre um dispositivo interessante chamado "cama de banho". Apesar de não ter maiores informações sobre preço ou sobre a empresa que o disponibiliza, achei importante postar aqui para conhecimento. Caso algum cuidador se interesse pela ideia, sugiro que pesquise direitinho sobre o produto e sobre as indicações, ok?

Abçs! :)

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Fontes: 




sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Fisioterapia Uroginecológica


Dra Mônica Lopes atua na área da fisioterapia uroginecológica, coloproctológica e obstétrica, tratando e prevenindo as alterações da musculatura perineal . Para as mulheres, a fisioterapia é de suma importância na prevenção dos prolapsos (queda de órgãos), da incontinência urinária e fecal, e até em algumas disfunções sexuais , além de possuir papel relevante no pré e pós parto e em determinadas cirurgias ginecológicas. Para os homens, trata das alterações miccionais advindas principalmente das cirurgias prostáticas.

Abaixo, saiba um pouco mais sobre o períneo (ou assoalho pélvico) e suas alterações:

O que é Períneo ou assoalho pélvico?

A palavra períneo (músculos do assoalho pélvico) advém do grego e significa “o espaço entre o ânus e o escroto”. Apesar de ser uma palavra masculina, muitos homens acreditam que só as mulheres possuem períneo, devido à sua correlação com o parto, porém essa musculatura possui importante funções para ambos os sexos, tanto no apoio da vísceras, na continência urinária e fecal, e também na função sexual. Suas alterações incluem a hipotonia (flacidez), as alterações em sua inervação e a hipertonia (rigidez). A fisioterapia objetiva normalizar o tônus desses músculos para devolver, prevenir ou aprimorar a função envolvida com sua alteração, seja ela, miccional, fecal, estrutural ou sexual.

Incontinência Urinária:

A Sociedade Internacional de Continência define IU como qualquer perda involuntária de urina. Ambos os sexos podem sofrer com a incontinência urinária, sendo sua maior prevalência em mulheres.

Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal, o que lhes confere maior fragilidade em relação ao assoalho pélvico masculino.

Dentre as causas estão:

• Gravidez e parto;
• Obesidade;
• Doenças que comprimem a bexiga;
• Tosse crônica;
• Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
• Tumores malignos como câncer de próstata no homem;
• Tumores benignos como aumento da próstata no homem;
• Quadros pulmonares obstrutivos que geram aumento da pressão intra-abdominal;
• Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade de urinar;
• Procedimentos cirúrgicos ou radioterapia que lesem os nervos do esfíncter masculino.

Incontinência Fecal:

Incontinência fecal é um distúrbio que compromete muito a qualidade de vida de inúmeros homens e mulheres e é definida como a incapacidade de controlar a eliminação das fezes.

As causas da IF são:

• Cirurgias no períneo;
• Traumas;
• Cirurgias para tratamento de câncer;
• AVC;
• Esclerose múltipla;
• Diabetes;
• Envelhecimento.

Prolapso (queda de bexiga, útero ou reto):

Não é tão difícil já ter ouvido alguma mulher se queixando de “bexiga caída”, uma expressão popular do prolapso.

O prolapso é definido como queda ou deslocamento de um órgão de seu lugar normal, em extensão variável, por insuficiência de seus meios de fixação. Na região pélvica pode ocorrer prolapso da bexiga (cistocele), do útero (histerocele) e do reto (retocele). Sua prevalência é variável, podendo chegar a 40%.²

Vários são os fatores de risco dos prolapsos, como:

• Pariedade: A chance do aparecimento de algum grau de prolapso aumenta com mais de um parto vaginal.

• Idade: Com aumento da idade ocorrem alterações do colágeno que podem levar a deficiência na sustentação dos órgãos pélvicos.

• Menopausa e pós-menopausa (devido a deficiência estrogênica).

• Fraqueza dos músculos perineais.

Os músculos perineais auxiliados pelos ligamentos são responsáveis pela sustentação dos órgãos pélvicos.

Disfunções Sexuais Femininas:

O prazer feminino ainda possui muitos mistérios. Enquanto o homem conta com tratamentos eficazes para a disfunção erétil, a mulher sonha com a pílula do prazer.

Segundo o Estudo da Vida Sexual do Brasileiro (EVSB), realizado por Abdo et al.(2004) , no qual foram entrevistadas 3148 mulheres 50,9% referiram alguma disfunção sexual que culmina, muitas vezes, na dificuldade em atingir o orgasmo ou na própria ausência dele.

A maioria das disfunções sexuais é secundária a conflitos psicossociais. Entretanto, fatores orgânicos são muitas vezes subjugados e, portanto, muitas destas pacientes provavelmente perderiam um grande aliado na terapêutica adequada.

As causas orgânicas normalmente se traduzem por afecções ginecológicas, redução sintomática das taxas hormonais e o inadequado comportamento da musculatura perineal. Além disso, em muitos casos as alterações psicossociais e orgânicas poderão estar associadas.

O conceito de fisioterapia uroginecológica se traduz pelo reconhecimento das disfunções relacionadas a estes músculos perineais ou do assoalho pélvico, seguida do tratamento através de exercícios de fortalecimento e coordenação com auxílio de equipamentos tais como biofeedback, eletroestimulador, cones e até mesmo “ben-wa” (utilizadas no pompoarismo).

O tratamento fisioterapêutico proporcionará a estas mulheres uma conscientização da musculatura envolvida na atividade sexual, proporcionando com isso uma intensificação do prazer, facilitando a obtenção do seu orgasmo e, por conseguinte, gerando enorme satisfação ao seu parceiro, além de auxiliá-la na prevenção dos indesejáveis sintomas de incontinência urinária e fecal.

Alterações Miccionais no HOMEM:

O homem, diferentemente da mulher, possui menos causas para desenvolver incontinência urinária. Quando isso ocorre, geralmente está associado a alterações na próstata, como seu aumento ou, em alguns casos, no aparecimento de tumor.

Outras causas para os distúrbios miccionais masculinos são as bexigas hiperativas idiopáticas (bexiga que se contrai na fase que deveria estar relaxada), algumas doenças neurológicas (como Parkinson, Diabetes, esclerose múltipla…) e traumatismos como nas lesões medulares.

As indicações para tratamento fisioterapêutico são para aqueles que possuem incontinência urinária pós-prostatectomia (retirada da próstata). A prevalência de incontinência urinária pós-prostatectomia varia de 6 a 69%, dependendo do método utilizado para medir a incontinência e a habilidade do cirurgião.

O tratamento é indolor e possui altas taxas de sucesso!


INDICAÇÕES DA FISIOTERAPIA UROGINECOLÓGICA

• Incontinência Urinária De Esforço
• Incontinência Mista
• Urgência Miccional
• Incontinência De Urgência
• Iu Masculina (Pós-Prostatectomia Ou RTU)
• Preparação Da Mulher Para O Parto
• Incontinência Do Pós- Parto
• Disfunção Sexual Feminina (DSF)
• Pré E Pós-Operatórios De Cirurgias Ginecológicas
• Incontinência Fecal

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Texto retirado da página da Clinica Salutaire em 21/11/2014.

Fisioterapia Hospitalar: quebrando paradigmas

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Cigarro X Saúde Musculoesquelética


As lesões pulmonares e cardiovasculares provocadas pelo cigarro são amplamente divulgadas e conhecidas, porém, as lesões ortopédicas do cigarro são raramente discutidas e, por isso, seguem desconhecidas pelo público em geral. O objetivo dessa entrevista é chamar a atenção dos fumantes ativos e passivos para os riscos do desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas relacionadas ao cigarro.

O cigarro provoca lesões nos ossos e articulações?

Sim, temos diversos trabalhos científicos na literatura que descrevem essas lesões. 

Quais estruturas são lesadas pelo cigarro?

A cigarro está relacionado ao desenvolvimento de osteoporose. Além disso, leva ao retardo da consolidação óssea, à pseudartrose na fratura, e age diretamente na obstrução da microcirculação dos tendões. A lesão na microcirculação leva à ruptura e à dificuldade de cicatrização dos ligamentos e tendões. Há trabalhos publicados que mostram essa associação no desenvolvimento das lesões do manguito rotador, ou seja, quem fuma tem maior chance de desenvolver rupturas do manguito rotador e pior prognóstico após a ruptura desses tendões.  

Pacientes com fratura podem fumar?

Não, o cigarro é terminantemente proibido durante o processo de cicatrização da fratura. Quando um fumante quebra um osso, não temos como interferir nas lesões causadas na microcirulação durante todos os anos em que o paciente fumou, porém, podemos orientá-lo a parar de fumar durante o período de consolidação óssea. 

O que ocorre se o fumante com fratura não quiser parar de fumar?

Se estou tratando um paciente com fratura e ele necessitará de cirurgia, a conduta é simples: ou ele para de fumar ou troca de médico. Não realizo osteossíntese em pacientes fumantes que irão permanecer fumando no pós operatório. 

Quais o riscos do paciente fumante que tem uma fratura?

O paciente fumante evolui com aumento do tempo para colar uma fratura e, algumas vezes, a fratura simplesmente não cola. Desenvolve o que é denominado pseudartrose (falsa articulação), e o membro começa a fazer movimentos anormais no local fraturado. 

Porque o fumo está relacionado a tendinopatia do manguito rotador?

O fumo ativo, e também o fumo passivo, levam a alterações da microcirculação sanguínea, elevando a incidência de inflamações e dificultando a cicatrização dos tecidos tendinosos. 

Como está provado que o cigarro causa danos aos ossos, articulações e tendões?

O estudo sobre os malefícios do fumo, e particularmente do cigarro, é feito por meio de estudos observacionais na população fumante. Exemplo: O câncer de Pulmão apresenta uma incidência muito maior em pacientes fumantes. Nem todos os fumantes irão desenvolver câncer de pulmão, porém a incidência de câncer é 20 vezes mais frequente nos fumantes quando comparado com a população em geral. Estudos semelhantes são feitos com patologias ortopédicas, e observa-se que os pacientes  fumantes apresentam maior dificuldade de cicatrização tecidual, defeito na microcirculação. Observa-se também que o cigarro é um coadjuvante no desenvolvimento da osteoporose. 

De que maneira o fumo atrapalha a cirurgia ortopédica?

Quando operamos um paciente, reconstruímos seus tecidos, colocamos os ossos no lugar (quando realizamos uma osteossíntese) e costuramos os tendões e ligamentos. Ao final da cirurgia, inicia-se o processo de cicatrização dos tecidos. Tanto os tecidos reparados quando os produzidos pela incisão cirúrgica feita para se chegar até as estruturas lesadas deverão cicatrizar-se adequadamente. O cigarro atrapalha esta cicatrização, portanto, atrapalha diretamente o prognóstico da cirurgia. 

Como ocorrem as lesões provocadas pelo cigarro nos tecidos ósseos e tendinosos?

O mecanismo é o dano a microcirculação. Um tecido com menor aporte sanguíneo devido a problemas na microcirculação tem maior dificuldade de lidar com as reações pós operatórias. 

Exemplo: 

Imagine que os pequenos vasos estejam um pouco entupidos. Nessa situação, o tecido recebe menos sangue, e o sangue é o carreador de oxigênio que nutre as células. Com pouco oxigênio, as células ficam fracas e têm dificuldade para lutar contra bactérias geradoras de infeção.
O sangue também leva as células de defesa (glóbulos brancos) até os tecidos inflamados. Se chega menos sangue, há também menos células de defesa, e maior possibilidade de infecção. 

O sangue nutre os tecidos, tecidos com pouco sangue se deterioram e tecido morto é caldo de cultura para bactéria, o que também leva à infecção. 

Tecidos com pouco sangue têm dificuldade de produzirem novas células, o que significa retardo ou não cicatrização dos tecidos, pseudartrose e rupturas tendinosas.

Para piorar a situação, o fumo atrapalha o metabolismo do cálcio e os pacientes, levando a uma maior incidência de osteoporose. 

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Ortopedista, Traumatologia e Medicina do Esporte
Botafogo, Rio de Janeiro, RJ
atualizado em 20/04/2010

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Fisioterapia Oftálmica


A fisioterapia ocular ou oftálmica tem o objetivo de reeducar os movimentos dos olhos, que são realizados por seis pares de músculos extrínsecos e que recebe estímulo neurológico de três pares de nervos cranianos. Qualquer disfunção visual sensorial ou motora poderá acarretar um distúrbio oculomotor, podendo o indivíduo apresentar patologias com características e sintomas de:

Insuficiências de Convergência – IC(1):

o Visão borrada, Cansaço visual e dificuldade nas leituras.
o Sonolência nas leituras, bem como troca de linhas;
o Cefaléia na região frontal e/ou temporal;
o Irritação e hiperemia na conjutiva;
o Dores periorbitárias, nos olhos e peso nas pálpebras;
o Distúrbios posturais

Estrabismos transitórios(2):

o Paresias e paralisias oculomotoras;
o Dupla imagem e limitações em alguns movimentos dos olhos;
o Desequilíbrio postural e torcicolo (tipo PVC: posição viciosa de cabeça);

Estrabismo congênitos(3): desalinhamento dos eixos oculares.

o Desvios em Adução – Esotropias
o Desvios em Abdução – Exotropias
o Desvios verticais – hiper e hipotropias




Para descobrir se o indivíduo apresenta qualquer disfunção nos músculos dos olhos, deve ser feita uma avaliação conhecida comoExame de Motiidade Ocular – EMO ou Teste Ortóptico – TO(4),que é solicitada durante um atendimento ambulatorial com o Oftalmologista, Neurologista, Pediatra ou ortodontista. Poucos são os Ortopedistas que solicitam este exame, porém é importante avaliar a oculomotricidade(5) na presença de um torcicolo, pois há grande diferença entre o torcicolo congênito(6) e o de causa ocular(7).

Baseado no diagnóstico final, após a avaliação oculomotora, o profissional de Fisioterapia, por meio da solicitação do oftalmologista, realizará o tratamento cabível à determinada situação.

Glossário:

1. Insuficiências de Convergência – IC: Dificuldade de levar os dois olhos simetricamente em direção do dorso do nariz para posicioná-los com o objetivo de fixar um objeto ou para leitura.

2. Estrabismos transitórios: desalinhamento dos eixos oculares de aparecimento súbito, podendo normalizar espontaneamente ou com tratamento fisioterapêutico.

3. Estrabismos congênitos: desalinhamento dos eixos oculares de nascença ou que aparecem nos primeiros anos de vida e que tem tratamento oftalmológico através de correção óptica ou cirúrgica.

4. EMO ou TO: exame que tem o objetivo de avaliar a simetria dos movimentos dos olhos e a capacidade de visão binocular fusional.

5. Oculomotricidade: Capacidade de promoção dos movimentos e de ajustamentos posicionais oculares para a variadíssima demanda visual, que requer coordenação de alta elaboração e precisão.

6. Torcicolo Congênito: deficiência ou limitação que reside no pescoço no funcionamento do músculo esternocleidomastóideo. Deve ser tratado com terapias ou cirurgias ortopédicas.

7. Torcicolo de causa ocular – PVC (posição viciosa de cabeça): deficiência ou limitação no funcionamento de músculos extrínsecos dos olhos, que leva o indivíduo a usar erradamente os músculos da região cervical, para captar melhor as imagens que devem ser recebidas pelos dois olhos. Deve ser tratado com procedimentos oftalmológicos.

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FONTE: Blog Fisioterapia Ocular. Post publicado pelas fisioterapeutas Aline Melo e Ângela Dias.
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